domingo, 23 de setembro de 2007

Críticas à globalização económica

Críticas à globalização económica

Quando se fala em globalização existem logo vozes que se levantam contra esta.

As principais criticas que se fazem a globalização é o facto de esta ser injusta, pois não se realiza de uma forma universal nem homogénea e muito menos se expande de forma igualitária. Assim sendo a globalização não é para todos, só participa dos seus benefícios um terço da população.

Para tal podemos aqui expor dados que demonstrem isto mesmo. Em 6.500 milhões de pessoas, 3.000 milhões ganham menos de 2 dólares por dia e outros 1.500 milhões, menos de 1 dólar por dia.

Podemos ainda destacar que, as três pessoas mais ricas do mundo têm activos superiores ao PNB somado dos 48 países mais pobres.

Como já aqui fiz referência existe um processo de globalização de uma cultura sobre as outras em particular do modo de vida Norte-americano – Walt Disney, Mc Donald’s e Coca-Cola – sobre outras culturas o que para alguns críticos tem como implicações a perda das identidades locais.

Isto inviabiliza fortemente a dimensão económica dos países e os seus sistemas produtivos que se mostram obsoletos para assimilar novas necessidades que se geram nos consumidores locais, produto da globalização. Assim as estruturas produtivas obsoletas dos países subdesenvolvidos vêem-se forçados a desmantelar-se com consequente aumento do desemprego.

Em varias situações, tiremos como exemplo a agrícola que é a base de qualquer economia, só os países do chamado Núcleo, ou desenvolvidos, têm capacidades tecnológicas e os recursos necessários para realizar investimentos tecnológicos e cooperam entre si, afim de solucionar vários problemas que lhes vão surgindo.

Em oposição os países pobres, da periferia, tem pouca interacção entre si e continuam a tentar por si só construir a sua identidade de Estado. Desta forma a globalização tecnológica que baixa custos e melhora os meios de cultivo dos alimentos não chegou a todos os países do mundo por igual.

Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações e falhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente.

Por outro lado a liberalização dos sistemas financeiros implicou que muitos bancos locais fossem adquiridos por bancos estrangeiros em países subdesenvolvidos, os quais dificultam o acesso ao crédito das pequenas empresas locais, pois esses bancos são mais propensos a emprestar dinheiro a empresas transnacionais o que provoca a quebra das pequenas empresas locais e o consequente aumento do desemprego.

O sistema financeiro mundial com livre mobilidade de capitais incrementou a vulnerabilidade de muitos países a crises externas e aos caprichos dos investimentos especulativos.

Sem comentários: